sábado, 30 de junho de 2007

Deus faz a mudança por nós...

Amiga, tens razão. Tens razão, mesmo!
Ter consciência da necessidade de mudar, é, por si só, reconhecer que algo está mal; arquitectar a mudança é um sinal claro da vontade de mudar; mas ganhar coragem para concretizar o projecto, é, sem dúvida, muitas vezes, uma experiência demasiado dolorosa.
Quando mudar é ser obrigado a pactuar com o destino, ladrão infame, que nos rouba o calor do olhar que aquece os nossos dias e alimenta a nossa vida, é iniciar uma via-sacra sobre brasas, cujo terminus dificilmente se poderá prever.
Mas se mudar significar, por exemplo, ter que virar as costas ao sorriso mais lindo do universo, então, a mudança fere-nos a alma tão profundamente que as marcas jamais se apagarão.
Então, os avanços e recuos no propósito de mudança transformam-se numa dança angustiante de duração indeterminada.
Quando assim é, quando nos falta força e coragem para decidir, Deus na sua infinita bondade, encarrega-se, Ele próprio, de fazer a mudança por nós, dispondo a Seu jeito, no tabuleiro da vida as peças com que o destino continuará a jogar.
Concretizado o plano pela mão divina, resta-nos reunir as migalhas de força que ainda sobram, descobrir na profundidade do nosso ser fragmentos de uma resistência até então desconhecida e continuar a caminhar com passos incertos, pelo carreiro tortuoso da existência, na esperança de que um dia nos aproximaremos, de novo, dum lugar chamado Paz.
Amiga, tu sabes tudo!...

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