domingo, 9 de setembro de 2007

Ao querido Amigo que nunca esquecerei

Chico, querido Amiguinho,
- em vez de palavras brotam lágrimas -
como é que isto te foi acontecer?...
Como é que isto nos aconteceu?!...
Até sempre, querido Amiguinho!

"A voz de Deus

Ó rosas que baixais as castas frontes
Quando, à tarde, vos beija o sol poente,
Dizei-me que murmúrios vos segreda
O sol que vos beija docemente?…

Ó luar cristalino e abençoado
Por que entristeces tu em noites belas
Quando chora baixinho o rouxinol
Um choro só ouvido pelas estrelas?…

Mistério das coisas! Em tudo existe
Um coração que sente e que palpita
Desde o sol rubro até à urze triste!

Ó mistério das coisas! Voz de Deus
Em tudo eternamente sê bendita
Na terra imensa assim como nos céus!"

Florbela Espanca

3 comentários:

Blueminerva disse...

A poetisa do Amor/Fatalismo. Florbela Espanca descreve de forma absolutamente arrepiante a angústia de amar.
Cumptos

O.C. disse...

Obrigada!
Eu prefiro chamar à Florbela Espanca "A Poetisa das almas sensíveis".
Cumprimentos

Maria João Gonçalves disse...

Lindo Mãe... :-(
Beijo grande.